domingo, 28 de dezembro de 2014

Vara da disciplina

Provérbios 23:13-14 nos diz: "Não retires a disciplina (muwcar – castigo, correção) da criança; pois se a fustigares (nakah – golpear, atingir, açoitar, bater) com a vara (shebet – ramo, galho, bordão), nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno."

Provérbios 22:6 nos diz: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele."

Provérbios 29:15 ainda nos diz: "A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe."

Provérbios 13:24 nos diz: “O que retém a vara, odeia a seu filho, mas o que ama cedo disciplina”

Provérbios 22:15 nos diz: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção afugentará dela”

E ainda Provérbios 29:17 diz: "Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma."


Muitas mães, influenciadas pelas filosofias do mundo, não creem ser necessário usar a vara (a disciplina) para disciplinar a criança. Mas quem sou eu, ou quem é você para julgar o que Deus, claramente, na Sua Palavra, nos manda fazer? Se Deus diz que usar a vara (a disciplina) é bom para o nosso filho, não há dúvida de que é assim que devemos fazer. Se usarmos a mão, ou outras coisas barra disciplinar nossas crianças, iremos confundir a criança, pois como pode a mesma mão que acaricia, abençoa, bater na criança? É por isso que devemos usar a vara.

“E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef 6:4)

Mas como é usar a vara?
1- Não é para deixar marcas;
2- Não é para ser usada com ira;
3- Não é para ser usada sem antes explicar o porquê da disciplina;
Mas:
4- É para ser usada com a finalidade de criar o filho na admoestação do Senhor;
5- É para ser usada para dar descanso e delícias a sua alma.

Quando vamos disciplinar nosso filho, é importante que mostremos a ele o seu erro e o convençamos da necessidade da disciplina, jamais devemos nos esquecer disto, e no entanto, ainda devemos dizer que fazemos isto porque o amamos.

Muitos filhos são disciplinados achando que não mereciam, pois acham que nada fizeram. Para eles, sua mãe ou pai são injustos. Certo irmão disse uma vez: "O que é melhor, alguns momentos de dor e lágrimas na infância ou muitos anos de sofrimento e dor durante a vida?"

“Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (Cl 3:21)

Existem vários aspectos que precisam ser considerados seriamente, vejamos alguns deles abaixo. O irmão Délcio Meireles escreveu um pouco sobre sua experiência de pai e avô sobre a educação de filhos, segue um pequeno resumo do que o irmão fala.

Correção Descontrolada – Os pais não possuem autoridade própria para corrigir os filhos, pois esta autoridade é delegada por Deus. Os pais são representantes da Única e Verdadeira Autoridade que é Deus. Qualquer desvio na aplicação desta autoridade torna os pais passíveis de repreensão divina, conforme aconteceu com Moises ao falar irrefletidamente com a rocha (SL 106:33), o resultado foi não poder entrar na terra prometida. Portanto, pais tomem cuidado, pois se agirem descontroladamente, lembrem-se que vocês são a figura de Deus para seus filhos, e isto demonstrará que Deus também age assim.



Disciplina sem medida – Quando Israel se desviava do caminho, Deus enviava outro povo para corrigir Israel, e caso o povo que tinha a figura da vara excedesse na correção, Deus enviava outro povo para corrigir aquele que representa a vara. Assim acontece com os pais que excedem na correção dos seus filhos, pois Deus enviará a Sua vara para corrigir os pais. Talvez isto explique as diversas dificuldades que muitas famílias enfrentam em seus lares, e os pais nem possuem conhecimento disto.

Limites desrespeitados – Paulo foi açoitado 5 vezes, com 40 açoites menos 1, sabem porquê? Por que em Dt 25:3 diz que quarenta vezes açoitará, não mais, pois senão seu irmão envelhecerá aos seus olhos.... ou seja, quem açoita facilmente pode perder o controle e acabar batendo demais, ou até mesmo acabar batendo com a mão, ou pegar o chinelo, cinta ou até outras coisas. Isto automaticamente trará disciplina de Deus aos pais, pois em Mt 18:10 diz que Deus designou anjos protetores das crianças, e eles estão constantemente face a face com o Senhor, e se um dos pequeninos forem injustiçados eles relatam ao Pai.

Falta de Tempo – Muitos pais não têm tempo para os seus filhos, trabalham o dia inteiro e quando chegam em casa só querem ficar quietos e tem um momento de tranquilidade, a fim de se refugiarem da correria e stress do dia. Por outro lado as crianças que passaram o dia inteiro longe do pai querem brincar, beija-lo e pular no papai que demorou tanto para chegar. Ah, que possamos ser longânimos com nossos filhos. Muitos acabam terceirizando a educação para os avós, ou até mesmo para o mundo (seja em creche, televisão, vizinhos, enfim). O ideal é que o pai trabalhe para trazer o sustento do lar, e os filhos estejam com as mães em tempo integral até eles começarem a ir para a escola, e a partir daí as mães estão liberadas para trabalhar enquanto as crianças estão na escola. Certamente o Senhor irá suprir as necessidades dos que assim se posicionam, e irá honrá-los. Lembrando que a criação dos filhos é de responsabilidade dos dois (pai e mãe), e nenhum deve se isentar disto. O marido deve ajudar a esposa quando chega em casa e nos finais de semana.

Atitudes e palavras ásperas – Quão frequente é a prática de gritarias, brutalidade e rudez com os pequeninos. Devemos lembrar que as crianças são indefesas no sentido físico, psicológico e espiritual, e jamais devemos trata-los como se fossem adultos rebeldes. Mais tarde as crianças irão desenvolver exatamente o que viram em seus pais

Cobranças constantes – É lamentável ver a quantidade que alguns pais cobram os seus filhos. Muitos entram para o quartel com 2 ou 3 anos e não há espaço para o erro. O resultado é castigo sobre castigo e colherão filhos com um espírito de desânimo alojado no espírito da criança (Cl 3:21). Devemos aprender a cultivar elogios e incentivá-los para que tenham sucesso e encarem a vida.

Incentivos para errar – Certas atitudes dos pais são como as tentações do inimigo. Se sabemos que um de nossos filhos tem certas dificuldades com determinada coisa, insistimos para que sejam diferentes, afogando a personalidade da criança. Se a criança não gosta de nata no leite, um pai coloca ainda mais nata para ele aprender a comer nata, obrigando eles a fazer algo contra a sua própria personalidade. Então porque nós temos o direito de não gostar de fígado, cebola, alho, agrião, beterraba, etc... Isto é dois pesos e duas medidas. (Pv 20:10)

Padrões não atingíveis – Não devemos obrigar nossos filhos a serem o que eles não querem ser. Se seu filho gosta de desenhar, não obrigue ele a brincar com caminhões e carros com o objetivo de força-lo a ser um caminhoneiro no futuro. Quantos pais matam o desejo dos filhos, e se eles não conseguirem ser o que os pais desejam, ficarão frustrados.

Provocação para mentir – Devemos tomar cuidado para não incentivar os nossos filhos a mentir. É claro que nenhum pai cristão faria isto, mas muitas vezes podemos incentivar a mentira sem saber que estamos fazendo isto. Por exemplo: Seu filho está brincando sozinho na sala e você escuta um barulho de algo quebrando. Você corre para lá, olha para a janela e vê que está fechada, então sem o vento, o vaso não caiu sozinho, e ai você olha para a criança e pergunta: Quem fez isto? Isto é de certa forma incitar o filho a mentir. O mais adequado é conversar com o filho, perguntando como ele derrubou e porque fez aquilo.

E quando os pais erram – Todos nós erramos, e quando isto acontece, quem que nos corrige? Quando quebramos um prato, entramos com os pés sujos dentro de casa, ou derramamos suco na toalha, quem nos corrige? Não fica por isto mesmo? E porque quando os filhos fazem isto eles são corrigidos? Isto não é dois pesos e duas medidas? Quantas vezes assistimos tv em horários não muito adequados, enfim... Que possamos cumprir a lei Áurea de amar o próximo como a ti mesmo. Nossos filhos são os mais próximos nesse caso. Em Hebreus 12:6 a Bíblia nos diz: "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho."

Orações impedidas – Quando Pedro diz que os maridos podem ter suas orações impedidas por não tratar as esposas adequadamente (1Pd 3:7), o mesmo princípio pode ser aplicado com o chefe cristão que trata injustamente com seus empregados, com o líder e suas ovelhas, e com os pais com os seus filhos.

Os aguilhões de Deus


"Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões" Atos 26:14 e Atos 9:5-6




    Antigamente alguns animais como bois ou cavalos possuíam aguilhões presos ao seu corpo, dessa forma seus donos podiam direcioná-los para onde quisessem. Aguilhão é uma peça pontiaguda colocada no animal ou até mesmo uma vara utilizada para estimulá-lo a seguir a direção desejada, quando o animal sentia aquela pequena agulhada sabia que devia começar a andar ou mudar de direção. Porém quando o animal se debatia ou resistia ao direcionamento que seu dono impunha o aguilhão o feria, de forma que quanto mais o animal resistia ás ordens de seu dono, mais ferido ficava.

    Logo podemos entender que o que Deus disse para Paulo naquele dia foi algo parecido com: É duro pra você resistir a minha vontade; quanto mais você resistir mais ferido ficará.

    Da mesma forma, meu irmão, acontece conosco. Muitas vezes passamos por tribulações e nos machucamos, e nos perguntamos o porque disso. Sofremos muito por resistir a vontade de Deus, por não obedecê-lo. Quando insistimos em seguir a nossa própria vontade e negligenciamos o direcionamento de Deus passamos a sofrer. Somos como este animal que quer seguir pelo caminho que acha melhor, mas é o cavaleiro quem deve decidir para onde o cavalo deve ir. 

   Veja o exemplo de Jonas, que resistiu a vontade de Deus e somente quando foi engolido pelo grande peixe percebeu que lutar contra Deus é inútil. A vontade de Deus sempre irá permanecer; assim como o cavalo não pode decidir para onde ir e deve ser submissos a vontade do cavaleiro, nós devemos nos submeter a vontade de Deus. Deus permite que eu e você possamos seguir a nossa própria vontade para que possamos perceber que os planos d'Ele são melhores e como tudo será mais simples quando nos entregarmos e confiarmos em Deus.

    Portanto que posamos nos render a vontade de Deus, que é maior e mais perfeita do que a nossa. Enquanto nos debatermos contra o domínio de Deus seremos feridos e afligidos, mas quando seguimos o direcionamento de Deus podemos descansar e confiar que Ele nos guiará pelo melhor caminho!

O Verdadeiro significado do NATAL


Esta semana tivemos a data comemorativa do nascimento do Senhor Jesus, mas será que não estamos equivocados quanto a forma e valores que temos praticado no Natal?

Não quero aqui discutir se realmente foi ou não no dia 25/12 que o nosso amado Senhor Jesus veio em carne, mas sim refletir sobre os valores que o mundo insiste em praticar.

Penso que deveríamos comemorar muito mais a morte do que o nascimento de Jesus Cristo em carne. Afinal, é através da sua morte na Cruz que fomos remidos de todos os nossos pecados e temos novamente acesso ao Pai. Sabemos que Deus nos fez a sua imagem e semelhança, (Gen 1:26) portanto, assim como ele é triuno (Mt 28:19), nós também somos tri-partidos em corpo, alma e espírito (1Ts 5:23).


Porém quando Adão pecou desobedecendo a Deus, ele perdeu a comunhão com o Senhor, ficando apenas o corpo, a alma e um “pedacinho” do espírito que é a consciência que ficou cauterizada. A junção do corpo com a alma formou a carne, e assim por diante..... Se observarmos as pessoas que estão no mundo, elas também têm consciência de certas coisas, e é por ela que o Senhor nos “pesca” das trevas, e nos devolve o que Adão perdeu: a intuição, a comunhão e restaura a consciência.

Agora que falamos sobre o que somos e de onde o Senhor nos tirou, podemos avançar quanto ao sacrifício do Senhor na Cruz. No velho testamento quando o homem pecava, o Senhor pediu para que fizéssemos sacrifícios com animais puros e sem mancha (levítico 1:3 e 4:35). Porém isto era apenas uma sombra do que havia de acontecer no futuro. Deus providenciaria um único e suficiente sacrifício por TODOS os pecados (passados, presentes e os que ainda vamos cometer) de TODAS as pessoas (Hb 9:12). Portanto Deus providenciou a vinda de seu único filho em carne, para viver de maneira que lhe agrade e ser sacrificado naquela Cruz. Graças a Deus, Jesus cresceu, andou e cumpriu o Seu propósito. Ele se manteve íntegro, pois não se achou pecado nEle. (1 Pe 2:22)

É por isso que deveríamos ser muito mais gratos a morte do que o nascimento de Cristo, afinal Jesus quando era criança não podia fazer nada por nós, ele precisava passar por tudo o que passou para que hoje pudéssemos ter acesso novamente ao pai através da restauração do nosso espírito.

Se nos arrependermos dos nossos caminhos, e crermos que Ele verdadeiramente cumpriu seu propósito nesta terra, e morreu pelos nossos pecados, somos salvos e o Espírito Santo faz morada em nosso espírito... e agora não é mais a carne que governa a nossa vida, mas sim o Espírito. (Marcos 16:16)

É uma pena que o mundo deturpou essas verdades. Hoje o Natal é uma festa onde se fala somente em presentes, que procuram satisfazer o capitalismo e o ego.


Que possamos meditar e celebrar não somente o nascimento mas também a morte de Cristo TODOS OS DIAS. 

ORAÇÃO EFICAZ

“Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus me desse o que espero” (Jó 6:8)



A oração é o mais profundo e ao mesmo tempo o mais simples dos exercícios do cristão. Aprender a orar vem depois do estudo da Palavra de Deus. Um recém convertido pode orar, porém muitos dos filhos de Deus, apesar de anos de caminhada com Cristo, confessam que ainda não aprenderam a arte da oração.
                A oração respondida ou ouvida por Deus, é um privilégio e até um direito básico de um cristão, isto é um presente de Deus. Se um cristão caminha com Cristo a 3 ou 5 anos e ainda não tem esta experiência, sua vida cristã é bastante questionável.
“Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (João 16:24) É fundamental que suas orações sejam respondidas, pois somente assim será um cristão alegre e transbordante de boas novas. Você pode ser menos cuidadoso em outros assuntos espirituais, mas a questão da oração respondida, você não pode enganar-se. Ou é ou não é. Pergunte a um recém convertido se ele já orou hoje, e se Deus já respondeu sua oração... Orar não é dar socos no ar, nem algo feito casualmente. A oração não é somente para a devoção, pois o alvo é a resposta !!! Ou seja, se você se propõe a orar sobre algo, não pare até que esta seja respondida.
É imperativo que os jovens na fé aprendam bem esta lição, pois seria uma tarefa muito difícil corrigir esta falta fundamental em alguém que já vem orando por 3 ou 5 anos, sem ter uma sequer resposta.

5 condições para que a sua oração seja respondida.
Observando o testemunho de irmãos como Watchman Nee e George Mueller, podemos identificar pelo menos 5 condições para que uma oração seja respondida.
1)      PEDIR – “Nada tendes porque não pedis” (Tiago 4:2) “Por isso vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-vos-á” (Lucas 11:9-10).

Em uma oração, ela deve ser dirigida ao Senhor, sabendo que temos livre acesso ao Pai (Efésios 3:12), sem se importar com quem está ao seu lado, ou o que vão pensar da maneira que oramos. O irmão Nee quando era recém salvo declarava que orava diariamente. Um belo dia uma irmã perguntou se as suas orações eram respondidas. E foi neste momento que ele percebeu que até ali, ele achava que a oração era apenas orar e nada mais. Ele nunca considerava se suas orações eram de fato respondidas.
Irmão, vamos examinar as nossas orações. Será que elas não são genéricas, de tal forma que a resposta talvez não interesse muito. Será que nossas orações não são como pedir para que o sol se ponha no final da tarde? Afinal de contas, independente se orarmos ou não o sol se colocará a oeste mesmo assim...
De uma maneira geral, pronunciamos muitas palavras em nossas orações, mas de fato pedimos muito pouco. A palavra diz “Batei e abrir-se-vos-á” onde você tem batido? Na parede ou na porta? Outra vez a palavra diz “Pedi e dar-se-vos-á” o que temos pedido? Preste atenção aqui à Diversas vezes, durante as refeições tenho pedido a minha esposa para que me alcançar algo apenas apontando para vários objetos sobre a mesa. E ela me diz: O que você quer? Eu apenas resmungo “uhrum” e ela sempre me indagava: “Como você quer que eu te alcance o suco se você não diz o que quer...” Amados, quando oramos, temos que PEDIR LITERALMENTE O QUE QUEREMOS. Devemos ser específicos. Podemos orar por uma semana sem ter contudo pedido uma única coisa. Nossas orações muitas vezes tem uma forma de oração, mas falta o objeto do pedir. Em reuniões de oração, muitas vezes oramos por 20 ou 30 minutos, e quando nos perguntam o que foi orado, não temos muito o que dizer. Oh Senhor como precisamos aprender a orar por coisas definidas. Pode alguém ir ao mercado sem saber o que comprar? Como pode homens irem a presença de Deus sem ter algo definido em mente, como se qualquer coisa servisse? Se não aprendermos logo este princípio, em momentos de dificuldade, não seremos capazes de orar com sucesso. A oração geral não satisfaz a uma necessidade específica. Ela poderá servir para os dias comuns, mas não será suficiente quando a necessidade surgir. Afinal de contas, nossos problemas são todos muito específicos.

2)      NÃO PEÇA MAL – “Pedis, e não recebereis, porque pedis mal” (Tiago 4:3)

A bíblia diz que devemos pedir, mas coloca uma condição para que não peçamos sem razão ou acima das nossas medidas. É melhor para nós no começo da caminhada, não pedir de acordo com a nossa carne, nem pedir frivolamente aquilo de que não necessitamos. Deus apenas suprirá a necessidade. Muitas vezes entretanto Deus nos concede excessiva e abundantemente mais do que tudo o que pedirmos. O que significa pedir mal? Significa pedir acima de suas medidas, acima da necessidade real. Pedir mal é como a criança de quatro anos que pede a lua no céu. Isto está além de sua necessidade. Portanto devemos manter o nosso lugar na oração. Somente após sentirmos que temos maturidade suficiente, poderemos orar grandes orações. Que não abramos a nossa boca tão largamente a ponto de exceder o limite da nossa real necessidade.

3)      O PECADO DEVE SER TRATADO – “Se eu contemplar a iniquidade em meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmos 66:18)

As vezes, oramos genuinamente, de maneira específica, dentro da real necessidade e mesmo assim não somos respondidos. Por que isto acontece? Talvez seja porque temos um obstáculo básico entre nós e o Senhor, que é o pecado. Se tivermos algum pecado conhecido em nosso coração, e o coração se apega a ele, então não seremos ouvidos.
Contemplar a iniquidade é insistir em um pecado, ao invés de abandoná-lo. Por natureza temos muitas fraquezas, e certamente Deus nos perdoa. Mas se tivermos um pecado que estamos conscientes e ainda desejamos conservá-lo, então isto passa de uma fraqueza na conduta externa e se torna uma iniquidade no coração.
Amados, cada pecado deve ser confessado e posto sob o sangue. Embora não seja fácil vencermos todos os pecados, não precisamos contemplá-los em nosso coração. Temos que ter uma atitude de muita honestidade com o Senhor e conosco mesmo, a fim de clamar por misericórdia, de tal forma que possamos ser santos tanto na conduta externa como em nosso coração. Devemos passar por um tratamento completo no coração, de modo que possamos odiar cada um dos pecados e não o retenhamos mais. Não tem nenhum valor passar horas orando, se tivermos pecados não confessados em nosso coração. “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).
Que possamos ir ao Senhor e dizer: “Senhor, aqui está um pecado que meu coração realmente contempla e acha difícil de deixar, mas agora eu peço o seu perdão, estou desejoso de deixá-lo, pelo-te que me liberes dele de modo que não permaneça comigo. Eu não o quero e o resisto.” Certamente o Senhor passará por cima do seu pecado se confessar a Ele, então a sua oração será ouvida. Este é um assunto que não se deve ter tolerância.

4)      VOCÊ PRECISA CRER “Tende fé em Deus, porque em verdade vos afirmo que se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e assim será convosco” (Marcos 11:22-24)

Há outra condição que precisa ser preenchida: Você precisa crer. Doutra forma nossa oração não será eficaz. Uma pessoa precisa crer enquanto ora, porque se ela crê então receberá. Isto é fé. Nós cristãos frequentemente temos um conceito errado da fé. No final do versículo 24 diz que se crermos já recebestes. Mas nós muitas vezes dizemos que se crermos, iremos receber. Se ainda oramos ao Senhor, crendo que receberemos, isto não é tão exato como a palavra recebestes.
O irmão Nee foi levado ao Senhor através da Sra Dora Yu. Anos mais tarde ela adoeceu e ficou muito fragilizada devido um câncer de mama. Como naquela mesma época o Sr. Nee tinha acabado de ser curado de tuberculose, ela o mandou chamar para visitá-la em Kian-Wan, Shangai. Quando se encontraram ela disse ao irmão Nee “Creio que o Senhor me curará”. Então com muito zelo e cuidado o irmão Nee instruiu a Sra Yu que esta frase não poderia ser reconhecida como fé, pois Jesus nunca associa a fé com o “receberá” e sim com o “recebestes”. E assim tiveram uma longa comunhão. Passados alguns meses ela mandou uma carta ao irmão Nee dizendo que os médicos solicitaram uma cirurgia e que ela tinha recusado porque ela cria que o Senhor iria curá-la. Ela também disse que tinha decidido levantar da cama. Imediatamente o irmão Nee escreveu a ela dizendo para não se levantar pois primeiro vem a fé, depois a obra. Se a obra vem antes da fé, então esta obra é morta. Isto é um princípio básico. Se ela crê-se que tinha sido curada, então o levantar seria vida, mas caso contrário seria morte. Ela não se levantou naquele dia, e dias mais tarde foi estar com o Senhor.

Sendo assim, podemos dizer que a fé, é quando você se põe em oração, e pode se levantar da oração dizendo que o Senhor ouviu a sua oração e está feito.

Pode-se dizer que a oração tem dois estágios. O primeiro é quanto você ora sem nenhuma promessa, até que a promessa seja dada. Orar sem ter uma palavra, até que a palavra venha. George Muller foi um grande orador, e algumas orações foram respondidas em segundos, e outras não tinham sido respondidas mesmo depois de 7 anos. O segundo é quando você parte do ponto em que a promessa, palavra ou resposta é dada até o cumprimento da palavra. E durante este tempo deve haver louvor e não oração. Este é o segredo da oração.

Para as pessoas deste mundo, a oração tem apenas dois pontos focais: “Eu não tenho portanto oro: depois que oro, Deus me atende”. Por exemplo: ontem orei por um par de óculos, e depois de uma semana o Senhor me dá os óculos. Isto é partir de um nada para alguma coisa. Mas nós cristãos temos um terceiro ponto entre estes dois: a fé. Se eu oro por par de óculos e um dia posso proclamar que o Senhor ouviu minha oração, então cheguei ao lugar da fé. Dentro de mim sei que já tenho o par de óculos e só me resta louvar mesmo que ainda não recebi os óculos. Precisamos aprender a receber no espírito. Se continuarmos a orar depois de ter a resposta, perderemos a fé. É por isso que devemos usar o louvor para lembrar a Deus e consequentemente apressar o cumprimento. Ora, Deus já prometeu dar, o que mais devemos pedir?

5)      CONTINUE ORANDO “devem orar sempre e nunca esmorecer” (Lucas 18:1)

Há um outro lado da oração que pode parecer contraditório com o que foi dito antes, mas que é igualmente verdadeiro. Algumas orações precisam de muita persistência. Devemos orar até que o Senhor esteja esgotado por assim dizer, pela nossa vinda contínua e importuna a Ele. Este é o tipo de fé que crê que o Senhor eventualmente responderá com ou sem uma promessa prévia através da nossa constante persistência.
Muitas das nossas orações são esquecidas logo após serem oferecidas. Porque então ficamos admirados que o Senhor também as “esqueceu”? Podemos orar e nos manter orando somente quando uma situação nos oprime e é uma real necessidade. Marcos diz que devemos orar até que a fé seja dada, e aqui nos é dito que devemos orar sempre e nunca esmorecer. Devemos olhar para a experiência da viúva que implorava ao juiz para que a vingasse do seu adversário. (Lucas 8:5)

DICAS PRÁTICAS PARA TER UMA ORAÇÕES BEM SUCEDIDAS.

                Sugere-se que tenhamos um caderno de oração. Cada página pode ter 4 colunas, (data, assunto, data da resposta, como Deus respondeu)
                Assim poderemos saber quantos assuntos estamos orando, se Deus já respondeu, ou até mesmo para nos motivar a continuar orando, simplesmente pelo fato de olhar o que Deus já fez.
                Durante um ano, Deus respondeu 3 mil orações de George Muller. Como ele poderia saber disto se não tivesse um caderno de oração. Watchman Nee certa vez escreveu 140 nomes de pessoas que precisavam ser salvas. Dezoito meses depois 138 haviam sido alcançados. Alguns nomes haviam sido escritos pela manhã e naquela mesma tarde já haviam sido salvos, outros demoraram 7 ou 8 meses. Uma vez que anotamos em um caderno nossas orações, elas se tornam importantes e se transformam num trabalho importante. Certamente serão tratadas seriamente diante de Deus.
Existem pelo menos 4 assuntos que todos os cristãos deveriam orar. 1) Orar pelas pessoas que conhecemos e ainda estão no mundo para que sejam salvas. 2) Orar pela restauração plena de Israel, pois eles são o povo escolhido de Deus, e qualquer que os abençoar será abençoado. 3) Orar ao Cabeça da igreja para que Ele conceda luz, graça, dons e vida. Como a Igreja hoje necessita destas coisas; e 4) Orar pelo seu país, para que possam levar uma vida tranquila, em toda a piedade e pureza.
                Ao usar o caderno de oração, podemos nos organizar de forma que alguns assuntos não precisam ser orados diariamente, e podem ser levados diante do Senhor uma vez por semana, escolhendo cada dia da semana para determinados assuntos a serem orados. Isto vai depender da dinâmica e tamanho da sua lista de oração.

A ORAÇÃO TEM DOIS EXTREMOS

                Um extremo está na pessoa que está orando, e o outro na coisa ou pessoa pela qual estamos orando. Frequentemente precisamos nos submeter a uma transformação antes que o outro extremo seja mudado. Devemos aprender a orar, pedindo ao Senhor para nos mostrar aonde precisamos mudar, pedindo para trazer os pecados a luz e trata-los, sondar se há algum desejo egoísta que precisa de purificação. Se há algo em nosso lado que precisa de mudança, então que haja esta mudança primeiro.


Que Deus possa nos instruir em toda a sabedoria, nos exortando a sermos fiéis a sua palavra.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Jesus, o VERME verdadeiro !!!

Salmo 22:6 - "Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo."


    Após a sua morte, o verme vermelho deixa uma mancha na árvore, que o tempo não apaga. Depois de três dias, o gel deixado pela lagarta é raspado da árvore e será usado para fazer corantes, que são usados na tintura de tecidos e objetos. Este corante foi o mesmo usado no tabernáculo e nas vestes dos Sumo Sacerdote. O sangue carmesim de Jesus vertido na cruz nunca perderá o seu poder salvífico. Isto não é maravilhoso?

    O verme descrito nesta passagem, é a fêmea de um parasita (lagarta) chamado Coccus ilicis, que em hebraico se chama tôlâ‛ / tôlê‛âh / tôla‛ath. Muito utilizado em Israel para pintar os tecidos de vermelho.



    Quando a fêmea da lagarta escarlate estava pronta para desovar, ela fixava seu corpo ao tronco de uma árvore, fixando-se de maneira tão firme e permanente para jamais sair.   Então ali, prendida ao madeiro a lagarta morria, e derramava o fluido carmesim (vermelho) sobre os ovos protegendo-os ainda mais dos predadores. Este fluído era utilizado para pintar as vestimentas.


    Os ovos depositados por baixo de seu corpo eram desta forma protegidos até que as larvas fossem chocadas e fossem capazes de assumir o seu próprio ciclo vital.

    Após quatro dias, o lugar onde o verme estava, tem agora um formato de um coração, contudo não é mais vermelho, é uma cera branquíssima, branca como a neve. Esta cera é recolhida e usada para fazer uma goma, que é usada para conservar madeira. Lembra da referência que o profeta Isaías fez do pecado? “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão. Isaías 1:18


    O verme quando esmagado libera um perfume delicioso. Bendito seja Deus que nos deu o melhor perfume, o perfume de Cristo, que foi esmagado por nossas transgressões. Compreendeu agora querido por que Jesus foi comparado a um verme?

    Esse verme é uma figura de Cristo indo à cruz. Ele se entregou para ser crucificado no madeiro, e ali derramou Seu sangue carmesim para nos salvar e proteger.

    Sendo assim, é com muita propriedade que Deus nos chama de vermezinhos, a mesma palavra.



    Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel. Isaías 41: 14.


Graças ao Senhor, Ele é um verme verdadeiro.

"Jesus disse: Errais, não conhecendo as Escrituras, e o poder de Deus" (Mateus 22:29)