Provérbios 22:6 nos diz: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele."
Provérbios 29:15 ainda nos diz: "A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe."
Provérbios 13:24 nos diz: “O que retém a vara, odeia a seu filho, mas o que ama cedo disciplina”
Provérbios 22:15 nos diz: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção afugentará dela”
E ainda Provérbios 29:17 diz: "Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma."
Muitas mães, influenciadas pelas filosofias do mundo, não creem ser necessário usar a vara (a disciplina) para disciplinar a criança. Mas quem sou eu, ou quem é você para julgar o que Deus, claramente, na Sua Palavra, nos manda fazer? Se Deus diz que usar a vara (a disciplina) é bom para o nosso filho, não há dúvida de que é assim que devemos fazer. Se usarmos a mão, ou outras coisas barra disciplinar nossas crianças, iremos confundir a criança, pois como pode a mesma mão que acaricia, abençoa, bater na criança? É por isso que devemos usar a vara.
“E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef 6:4)
Mas como é usar a vara?
1- Não é para deixar marcas;
2- Não é para ser usada com ira;
3- Não é para ser usada sem antes explicar o porquê da disciplina;
Mas:
4- É para ser usada com a finalidade de criar o filho na admoestação do Senhor;
5- É para ser usada para dar descanso e delícias a sua alma.
Quando vamos disciplinar nosso filho, é importante que mostremos a ele o seu erro e o convençamos da necessidade da disciplina, jamais devemos nos esquecer disto, e no entanto, ainda devemos dizer que fazemos isto porque o amamos.
Muitos filhos são disciplinados achando que não mereciam, pois acham que nada fizeram. Para eles, sua mãe ou pai são injustos. Certo irmão disse uma vez: "O que é melhor, alguns momentos de dor e lágrimas na infância ou muitos anos de sofrimento e dor durante a vida?"
“Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados” (Cl 3:21)
Existem vários aspectos que precisam ser considerados seriamente, vejamos alguns deles abaixo. O irmão Délcio Meireles escreveu um pouco sobre sua experiência de pai e avô sobre a educação de filhos, segue um pequeno resumo do que o irmão fala.
Correção Descontrolada – Os pais não possuem autoridade própria para corrigir os filhos, pois esta autoridade é delegada por Deus. Os pais são representantes da Única e Verdadeira Autoridade que é Deus. Qualquer desvio na aplicação desta autoridade torna os pais passíveis de repreensão divina, conforme aconteceu com Moises ao falar irrefletidamente com a rocha (SL 106:33), o resultado foi não poder entrar na terra prometida. Portanto, pais tomem cuidado, pois se agirem descontroladamente, lembrem-se que vocês são a figura de Deus para seus filhos, e isto demonstrará que Deus também age assim.
Disciplina sem medida – Quando Israel se desviava do caminho, Deus enviava outro povo para corrigir Israel, e caso o povo que tinha a figura da vara excedesse na correção, Deus enviava outro povo para corrigir aquele que representa a vara. Assim acontece com os pais que excedem na correção dos seus filhos, pois Deus enviará a Sua vara para corrigir os pais. Talvez isto explique as diversas dificuldades que muitas famílias enfrentam em seus lares, e os pais nem possuem conhecimento disto.
Limites desrespeitados – Paulo foi açoitado 5 vezes, com 40 açoites menos 1, sabem porquê? Por que em Dt 25:3 diz que quarenta vezes açoitará, não mais, pois senão seu irmão envelhecerá aos seus olhos.... ou seja, quem açoita facilmente pode perder o controle e acabar batendo demais, ou até mesmo acabar batendo com a mão, ou pegar o chinelo, cinta ou até outras coisas. Isto automaticamente trará disciplina de Deus aos pais, pois em Mt 18:10 diz que Deus designou anjos protetores das crianças, e eles estão constantemente face a face com o Senhor, e se um dos pequeninos forem injustiçados eles relatam ao Pai.
Falta de Tempo – Muitos pais não têm tempo para os seus filhos, trabalham o dia inteiro e quando chegam em casa só querem ficar quietos e tem um momento de tranquilidade, a fim de se refugiarem da correria e stress do dia. Por outro lado as crianças que passaram o dia inteiro longe do pai querem brincar, beija-lo e pular no papai que demorou tanto para chegar. Ah, que possamos ser longânimos com nossos filhos. Muitos acabam terceirizando a educação para os avós, ou até mesmo para o mundo (seja em creche, televisão, vizinhos, enfim). O ideal é que o pai trabalhe para trazer o sustento do lar, e os filhos estejam com as mães em tempo integral até eles começarem a ir para a escola, e a partir daí as mães estão liberadas para trabalhar enquanto as crianças estão na escola. Certamente o Senhor irá suprir as necessidades dos que assim se posicionam, e irá honrá-los. Lembrando que a criação dos filhos é de responsabilidade dos dois (pai e mãe), e nenhum deve se isentar disto. O marido deve ajudar a esposa quando chega em casa e nos finais de semana.
Atitudes e palavras ásperas – Quão frequente é a prática de gritarias, brutalidade e rudez com os pequeninos. Devemos lembrar que as crianças são indefesas no sentido físico, psicológico e espiritual, e jamais devemos trata-los como se fossem adultos rebeldes. Mais tarde as crianças irão desenvolver exatamente o que viram em seus pais
Cobranças constantes – É lamentável ver a quantidade que alguns pais cobram os seus filhos. Muitos entram para o quartel com 2 ou 3 anos e não há espaço para o erro. O resultado é castigo sobre castigo e colherão filhos com um espírito de desânimo alojado no espírito da criança (Cl 3:21). Devemos aprender a cultivar elogios e incentivá-los para que tenham sucesso e encarem a vida.
Incentivos para errar – Certas atitudes dos pais são como as tentações do inimigo. Se sabemos que um de nossos filhos tem certas dificuldades com determinada coisa, insistimos para que sejam diferentes, afogando a personalidade da criança. Se a criança não gosta de nata no leite, um pai coloca ainda mais nata para ele aprender a comer nata, obrigando eles a fazer algo contra a sua própria personalidade. Então porque nós temos o direito de não gostar de fígado, cebola, alho, agrião, beterraba, etc... Isto é dois pesos e duas medidas. (Pv 20:10)
Padrões não atingíveis – Não devemos obrigar nossos filhos a serem o que eles não querem ser. Se seu filho gosta de desenhar, não obrigue ele a brincar com caminhões e carros com o objetivo de força-lo a ser um caminhoneiro no futuro. Quantos pais matam o desejo dos filhos, e se eles não conseguirem ser o que os pais desejam, ficarão frustrados.
Provocação para mentir – Devemos tomar cuidado para não incentivar os nossos filhos a mentir. É claro que nenhum pai cristão faria isto, mas muitas vezes podemos incentivar a mentira sem saber que estamos fazendo isto. Por exemplo: Seu filho está brincando sozinho na sala e você escuta um barulho de algo quebrando. Você corre para lá, olha para a janela e vê que está fechada, então sem o vento, o vaso não caiu sozinho, e ai você olha para a criança e pergunta: Quem fez isto? Isto é de certa forma incitar o filho a mentir. O mais adequado é conversar com o filho, perguntando como ele derrubou e porque fez aquilo.
E quando os pais erram – Todos nós erramos, e quando isto acontece, quem que nos corrige? Quando quebramos um prato, entramos com os pés sujos dentro de casa, ou derramamos suco na toalha, quem nos corrige? Não fica por isto mesmo? E porque quando os filhos fazem isto eles são corrigidos? Isto não é dois pesos e duas medidas? Quantas vezes assistimos tv em horários não muito adequados, enfim... Que possamos cumprir a lei Áurea de amar o próximo como a ti mesmo. Nossos filhos são os mais próximos nesse caso. Em Hebreus 12:6 a Bíblia nos diz: "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho."
Orações impedidas – Quando Pedro diz que os maridos podem ter suas orações impedidas por não tratar as esposas adequadamente (1Pd 3:7), o mesmo princípio pode ser aplicado com o chefe cristão que trata injustamente com seus empregados, com o líder e suas ovelhas, e com os pais com os seus filhos.